Chaminés de escuta decoradas com Símbolos de Protecção - Folk Religion











1 - Introdução
2 - O Estudo
3 - Os Símbolos
   3.1 - A Roseta Hexapétala
   3.2 - O Pentagrama (Selo de Salomão)
   3.3 - A Suástica (Lauburu)
   3.4 - O Nó de Salomão
   3.5 - A Cruz Latina
4 - As Chaminés
  4.1 - Évora 
  4.2 - Campo Maior
  4.3 - Olivenza / Olivença
  4.4 - Reguengos de Monsaraz
  4.5 - Alandroal
  4.6 - Redondo 
  4.7 - Estremoz
  4.8 - Elvas
  4.9 - Outras Chaminés
  4.10 - Adenda
  4.11 - Contributos de Amigos
5 - Outras Decorações



1- Introdução




   A Raia alentejana, a fronteira entre Portugal e España, é terra de forte personalidade. Aqui a Identidade Cultural é feita de milénios. Encontramos esta identidade nos povoados alentejanos, no seu urbanismo e arquitectura.
   As casas brancas térreas são a imagem de marca do Alentejo. Casas em montes isolados ou aldeias, de paredes grossas de taipa ou adobe reforçadas por gigantes ou gatos. Casas de cantos boleados de tanta vez que foram lavadas de branco, com o azul da barra protegendo balcão, janelas e portas, de espectaculares chaminés.
   As chaminés no Alentejo são verdadeiras obras de arte. A chaminé alentejana é o centro da casa, o local de reunião da família, onde se cozinha, come e contam histórias. O resto da casa desenvolve-se em volta da chaminé, por vezes só mais uma divisão. Quando se construía uma nova casa era importante saber quantos dias de chaminé se encomendavam ao construtor.
   As chaminés alentejanas são um Património único no Mundo. Não encontramos semelhanças com a chaminés algarvias nem com as chaminés do Norte de África. As chaminés alentejanas começaram a ser apelidadas de Mouriscas cristalizando uma origem para a qual não encontramos paralelos. As chaminés do Alentejo são únicas na forma, no papel que têm no quotidiano e na decoração que vamos abordar. Não estão estudadas, não têm qualquer protecção legal e infelizmente a maior parte delas está em avançado estado de degradação.


Figura2


   Consideramos a Chaminé de Escuta como a tipicamente alentejana. Diz-se de escuta pois quem está dentro de casa consegue ouvir as conversas de quem está na rua. Consideramos estas chaminés como as mais antigas porque são as únicas que fazem parte da própria estrutura da casa. São as que encontramos em maior número por esse Alentejo fora. São aquelas que predominam em Montes antigos ou nas zonas mais velhas dos povoados. O costume de pintar as datas na chaminés também ajuda. Nas chaminés de escuta encontramos as datas mais antigas que nos chegam de final do século XVII. A chaminé de escuta tem base e tronco prismático rectangular. A saída dos fumos é coberta com diferentes construções em telha. Nos panos verticais laterais e frontal (virado para a frente da casa) encontramos os nossos símbolos de protecção. É precisamente nas chaminés de escuta que encontramos a maior parte dos símbolos de protecção. Nas fotos abaixo (figuras 3 e 4) deixamos vários exemplos de Chaminés de Escuta.


Figura 3
Figura 4


2 - O estudo

   O Objectivo deste estudo é chamar a atenção para um aspecto da nossa Identidade Cultural que tem sido completamente negligenciado: a decoração das chaminés alentejanas com símbolos de protecção (apotropaicos). É URGENTE despertar para a importância destas chaminés para que possamos protegê-las legalmente ou para que os proprietários tomem consciência do seu valor. Infelizmente para  a chaminé da figura 5 já vamos tarde .....já não existe.
    As decorações com símbolos de protecção são uma das evidências mais directas que temos para o imaginário dos alentejanos desde o século XVII. Aqui num meio rural, e na sua própria habitação, temos decorações que são reflexo de uma população com um riquíssimo leque de crenças. Digamos um cristianismo politeísta, sem querer ofender ninguém mas afinal estamos em terras de Endovélico. Aqui encontramos Cruzes latinas acompanhadas de Rosetas Hexapétalas, Pentagramas, Suásticas, Crescentes, Rodas Solares.......que riqueza.



       
Figura 5

    Este é um trabalho sempre em construção por causa da dimensão da zona de estudo.  Até agora tem sido realizado com o nosso tempo e dinheiro, sem apoios, enfim .....alguém tem que fazê-lo. Apresentamos já alguns dados que reunimos facilitando assim uma leitura. De seguida falaremos dos  Símbolos,  um tema por si próprio, a desenvolver num futuro próximo. As chaminés são descritas individualmente na continuação do post. Temos também uma adenda com as chaminés que foram entretanto surgindo. Para o fim guardamos aspectos que apesar de interessantes não perseguimos: a construção dos símbolos, outros símbolos que não desenvolvemos, outras decorações, geométricos, molduras, datas e iniciais dos nomes dos proprietários, relevos e cerâmicas.......
  
   Na data de publicação deste post temos identificadas 94 chaminés decoradas com símbolos de protecção:
- 94% (89 chaminés) são Chaminés de Escuta
- as chaminés apresentam datas do século XVII ao XIX num período de 200 anos
- o símbolo omnipresente é a Cruz Latina em 80 chaminés (85%)
- 56% (53 chaminés) apresentam apenas a Cruz Latina.
- 29% (27 chaminés) apresentam a Cruz Latina com outros símbolos 
- a Roseta Hexapétala surge em 28 chaminés (30%)
- 15% (14 chaminés) apresentam apenas Rosetas Hexapétalas
-  15% (14 chaminés) apresentam apenas Rosetas Hexapétalas com outro símbolos
- a Suástica Lauburu surge em 7 chaminés (8%)
- na mesma chaminé nunca encontramos mais de uma Cruz Latina
- a Cruz Latina aparece sempre no pano frontal em posição central
- podemos encontrar entre 1 e 6 símbolos numa mesma chaminé
- podemos encontra pares de Rosetas Hexapétala e Suásticas Lauburu
- temos vários símbolos únicos: o Pentagrama, ao Nó de Salomão, o Crescente, o Coração e a Roda Solar (os 3 últimos símbolos não são descritos neste post).
-  os símbolos encontram-se sempre nos panos verticais frontal ou laterais

  Na figura 6 apresentamos 21 chaminés, destacamos a Cruz Latina (a vermelho) e a Roseta Hexapétala (a azul)
  Destas, 12 são em dois Concelhos onde a prospecção foi mais sistemática: Reguengos de Monsaraz (Outeiro, Barrada, S. Pedro do Corval e Motrinos) e Alandroal (Casas Novas de Mares e Hortinhas). As restantes são nos Concelhos de Évora (Vendinha), Campo Maior (Ouguela),  Redondo (Aldeias de Montoito),  Estremoz e Olivença (São Jorge de Alor) que tem as mulheres mais bonitas de Espanha.      Todas as chaminés da figura 6 são descritas na continuação do Post. 
  Na figura 7 apresentamos 21 datas que ainda são visíveis:
- 10% (2 chaminés) do século XVII
- 28% (6 chaminés) do século XVIII
- 62% (13 chaminés) do século XIX 
  Na figura 8 apresentamos as várias combinações de símbolos possíveis com destaque para a Cruz Latina (a vermelho) e a Roseta Hexapétala (a azul).



Figura 6


Figura 7
Figura 8



3 - Os Símbolos


  O medo do desconhecido acompanha o Homem desde sempre. Criámos religiões para explicar um Universo que não conhecemos ou não podemos controlar. Ao longo da nossa vida, ao longo do ano, vamos passando por datas e rituais que nos dão segurança. Na tentativa de regular todo o caos, de controlar o nosso destino, rodeámos o quotidiano de símbolos de protecção. Na Raia Alentejana ainda encontramos os símbolos das várias culturas que por aqui passaram. Alguns destes povos acabaram mesmo esquecidos pela História. Só ficaram os símbolos.
 Na figura 9 apresentamos os símbolos que vamos encontrando por cá em vários suportes e combinações. Quase todos foram esquecidos o que torna difícil a sua interpretação. Mas também decifrar toda esta simbologia não é o objectivo deste post. Faremos apenas uma pequena apresentação daqueles que surgem nas nossas chaminés (a azul na figura 9).
 Encontramos símbolos que chegaram até nós em diferentes épocas por caminhos, templos, necrópoles e sepulturas, diferentes partes das casas como portas, janelas e chaminés. A chaminé é especialmente importante porque à noite podemos trancar as janelas e as portas mas não podemos trancar a chaminé. Esta está próxima de uma divindade muito importante para as comunidades agrárias........a Lua.



Figura 9



3.1 - A Roseta Hexapétala


Figura 10

   A Roseta Hexapétala é usada como símbolo de protecção desde a Idade do Bronze até ao século XX. É dos símbolo de protecção que surge com mais frequência ao longo da história . É também daqueles que surge nos mais variados suportes. Podemos observar os diferentes suportes nas figuras 11 a 17. A Hexapétala aparece muito associada a crescentes (figura 11) e a estrelas, pentagramas por exemplo (figura 12). Esta associação faz-nos  lembrar a dualidade Sol e Lua. Isto leva-nos a pensar que pode ser uma representação estilizada do Sol. Invocando assim a protecção de deuses solares. Várias Rosetas Hexapétalas formam a Flor da Vida que encontramos, por exemplo, na calçada em frente da Igreja Matriz de Viana do Alentejo (figura 15). Nas chaminés encontramos Hexapétalas simples (à esquerda na figura 10). Encontramos também a Hexapétala rodeada de círculos, do método de construção do próprio símbolo, aqui fazem parte da decoração, uma moldura (à direita na figura 10).




Figura 11


Figura 12


Figura 13


Figura 14


Figura 15


Figura 16


Figura 17



3.2 - O Pentagrama (Selo de Salomão)

Figura 18

   O Pentagrama é dos símbolo de protecção mais antigos que se conhece. Os registos mais antigos chegam-nos do crescente fértil há mais de 5000 anos. Com o nome de Pentalfa teve grande destaque com os Gregos especialmente os Pitagóricos. Foi símbolo de Salomão e Jerusálem ganhando o nome de Selo de Salomão. Foi também usado pelos Cavaleiros Templários. Deve ter chegado à Ibéria muito cedo graças às relações desta região com Fenícios e Hebreus. 
   O que torna o Pentagrama tão interessante é o facto de ainda ser usado na raia alentejana sob o nome adulterado de Sino Saimão (Selo de Salomão). Encontramos o Pentagrama protegendo os mais variados suportes (figuras 19 a 22). Alguns casos são muito interessantes: 
- o pentagrama protegendo tabuleiros de jogo no Castelo de Vila Viçosa (figura 22 - 5)
- os dez pentagramas que encontramos numa porta entaiapada da Ermida de São Blas em Cheles
- o pentagrama protegendo a entrada de um abrigo de pastores provavelmente usado para passar noite ou fugindo de uma tempestade (figura 20-7)
- o pentagrama escondido atrás de uma pia na Charola do Convento de Cristo em Tomar
- o pentagrama protegendo o forno da Casa do Barro em S Pedro do Corval (figura 20-2)
Enfim o Pentagrama está por todo o lado e há muito tempo.
   Destacamos a relação do Pentagrama com NS dos Navegantes (figura 20-6), com o planeta Vénus e as deusas orientais da fertilidade. Mas deixamos o desenvolvimento deste tema para outro post.
  Uma chamada de atenção para o facto do Pentagrama e o Hexagrama serem usados por todas as religiões. Só a partir do século XIX passou o Hexagrama a ser associado à fé judaica. 
  Recomendamos a consulta do trabalho pioneiro de Leite de Vasconcelos sobre o Pentagrama, o Hexagrama, o Octagrama e o Nó de Salomão. Podem encontrar a obra Signum Salomonis de 1918 no Arquivo do Arqueólogo Português ou no link abaixo.






Figura 19


Figura 20


Figura 21


Figura 22



3.3 - A Suástica (Lauburu)

Figura 23

   A Suástica Cruz Gamada ganhou má fama na Alemanha no século XX. Há que esclarecer que a Suástica nada tem a ver com ideologias políticas fascistas.
   A Suástica é dos símbolos que mais formas assume e encontra-se disseminado por todo o Mundo. Provavelmente nasceu na Índia há milhares de anos e espalhou-se pelo globo. O nome suástica tem mesmo origem no Sânscrito. Encontramos o mesmo difusionismo nos tabuleiros de jogo, um tema a desenvolver noutro post. A suástica é hoje usada na Índia como um símbolo de protecção e sorte. 
  Na Ibéria surgem vários tipos de Suásticas ganhando o nome pela forma ou região onde foram identificadas pela primeira vez: Triscele, Flamejante (Figura 28 numa estela funerária medieval no Museu do Carmo associada a outros símbolos), Rosa Camuna, Lauburo,.....
   Na figura 27 temos o exemplo da Suástica Rosa Camuna assim chamada por ter sido identificada pela primeira vez no Val de Camonica em Itália. Na mesma figura os números 3 e 4 são Suásticas Rosa Camuna encontradas em território português. Surgindo a número 4 na Arte Rupestre do Guadiana.
   Na figura 24 temos a forma de Suástica que surge nas nossas chaminés, a Suástica Lauburu. O Lauburu é o um dos símbolos nacionais do País Basco. Surge nesta região nos mais variados suportes como podemos observar na figura 24. Lauburu em Euskera quer dizer Quatro Cabeças e o seu significado não é consensual entre os investigadores. 
   Agora temos que explicar aos Bascos que os Alentejanos também usavam o Lauburo como símbolo de protecção. Além das 7 chaminés, que identificámos com Lauburus, destacamos a Igreja de NS de Loreto em Juromenha (Figura 25) e o Moinho de Vento mesmo ao lado de Montoito em Redondo (Figura 26).
   Os investigadores ainda discutem o que representa a Suástica. Tendo em conta as suas diferentes representações por esse mundo fora também pode ter os mais variados significados. O Lauburu que protege vários edifícios no nosso Alentejo pode representar alguma divindade ou ciclo ligada ao Sol.   



Figura 24



Figura 25

Figura 26

Figura 27

Figura 28


3.4 - O Nó de Salomão



Figura 29


   Os nós fazem parte da História do Homem quem não conhece o Nó Górdio e a solução de Alexandre. Só temos uma chaminé decorada com um Nó de Salomão na Aldeia da Vendinha  em Évora (Figura 30-1). Este Nó é na realidade dois que se cruzam. Podemos mesmo chamar de Nó de Salomão Duplo para distinguir dos outros mais simples.
    Leite de Vasconcelos, na sua obra Signum Salomonis, refere o Nodus Herculaneus dos Gregos e Romanos, um nó mágico, que pode ter ganho o nome de Nó de Salomão na crença Judaico-Cristã. Ainda segundo Vasconcelos "Os nós mágicos têm fundamentalmente por fim prender os espíritos, ou os bons ou os maus."
   Na Figura 30 encontramos o Nó de Salomão numa coluna a guardar a porta do Convento do Carmo em Lisboa (3). Em 4 guarda a porta do Convento de Mafra. Não me parece que estas duas situações sejam Marcas de Canteiro pois têm localizações muito especificas e não se repetem em outras pedras. Em 2 o Nó de Salomão Duplo está grafitado na parede de uma Igreja espanhola (foto retirada da Internet). Este Nó é bastante elaborado e muito parecido com o que encontramos na nossa chaminé. 
   Na Vila Romana de Odrinhas encontramos um espectacular mosaico cheio de Nós (5). Em B vemos o nosso Nó de Salomão Simples. Em A temos um Nó que esconde uma Suástica Gamada (7),  uma relação interessante entre estes dois símbolos. Passamos a chamar este Símbolo como Nó Cruzado. Deste Nó Cruzado e segundo Fernando Coimbra nasce a Suástica do Alto Minho. 
    É Leite de Vasconcelos que nos traz o Nó cruzado em 6 e nas suas palavras "...vê-se desenhado em paredes de casas e igrejas, em bancos, etc, e é usado na costa ligurica, principalmente entre marítimos que, além do nome de Nodo di Salomone, lhe dão o de Gruppo di Salomone...".


Figura 30


Figura 31



   Acima (figura 31) temos algumas das gravuras dos Nós de Salomão que chegaram até Leite de Vasconcelos.
- 227, 228 e 229 é uma assinatura dos Reis de Navarra e Aragão do século XI e XII
- 230, 231 e 232 são sinais de tabeliães portugueses do século XIII
- 233 nas palavras do autor "emblema de rocas artisticas que os namorados oferecem na Umbria (Itália) às suas namoradas, emblema que se chama nodo di salomone"
- 234 é um desenho que enfeita duas Cornas artisticas do Alentejo, não coincidência este Nó ser semelhante ao que temos na chaminé da Vendinha.
    O Nó de Salomão tem outros nomes por esse Mundo fora: Looped Square, Saint Jonh's Arms, Bowen Knot ou Saint Hannes Cross. Na figura 32 encontramos o Nó de Salomão  como símbolo de protecção em moldes para queijo na Finlândia (1), numa estela medieval da Suécia (2) e num elemento decorativo dos Natico-Americanos do Mississipi (3).




Figura 32



3.5 - Cruz Latina


Figura 33

   A Cruz Latina representa um método de execução dos romanos: a Crucificação. Método onde e vitima acabava por sufocar sob o peso da própria cabeça. Jesus foi crucificado pelos romanos e o Cristianismo adoptou este símbolo.
  A cruz simples é um símbolo mais antigo e usado por várias religiões em várias partes do Mundo. Pode mesmo ser uma forma de Suástica e um símbolo solar.
  Nas nossas chaminés a Cruz Latina tem um papel central surgindo em 85% dos casos. Em muitos casos ladeada ou mesmo substituída  pela Roseta Hexapétala. Em alguns casos ladeada pela Suástica Lauburu. A Hexapétala e o Lauburu podem também ser símbolos solares. Encontramos aqui provavelmente uma tentativa de abafar cultos lunares tão queridos em sociedades agrárias. 
  As cruzes latinas estão por todo o lado na Ibéria marcando locais sagrados milenares. Surgem muito em portas de Castelos, Igrejas e casas comuns. Não me parece que marcassem  casas de judeus ou cristãos novos como alguns investigadores sugerem. 


Figura 34



4 - As chaminés


4.1 - Concelho de Évora: Aldeia da Vendinha


Figura 35

Figura 35 - Na Aldeia da Vendinha no Concelho de Évora encontramos um Nó de Salomão, uma Cruz latina e quatro Rosetas Hexapétalas com a data de 1815. Uma chaminé muito interessante pois é a única com Selo de Salomão que encontrámos até agora. Dezena de vezes passámos ao lado desta chaminé e só recentemente reparámos que estava decorada. Escondidas à vista de todos.  Os motivos na base da Cruz Latina fazem parte da decoração que vamos encontrando na Arquitectura alentejana.




4.2 - Concelho de Campo Maior: Vila de Ouguela



Figura 36
Figura 36 - Na Vila de Ouguela no Concelho de Campo Maior encontramos uma chaminé caiada de branco que esconde um dos mais belos conjuntos que já encontrámos. Uma moldura com flores de Lis nos cantos que apontam para um Pentagrama  e uma Cruz Latina. A Cruz teria a data na base mas já não se consegue ler. O Pentagrama está rodeado de outros Pentagramas de pequenas dimensões.  Mais uma vez este é um caso único de uma chaminé decorada com Pentagramas.




Figura 37

Figura 37 - Ainda na Vila de Ouguela encontramos um conjunto de Cruz Latina com duas Rosetas Hexapétalas e duas Suásticas Lauburu com a data de 1722. Foi esta chaminé que nos despertou para o tema que tratamos neste post. Num dos nossos passeios culturais e procurando pontos de interesse demos com este segredo do nosso Alentejo 



4.3 - Ayuntamineto de Olivenza: Aldeia de San Jorge de Alor

Figura 38

Figura 38 - San Jorge de Alor no Ayuntamiento de Olivenza faz parte deste estudo por razões óbvias e sobre as quais não vou desenvolver. Esta Aldeia tem o recorde absoluto de chaminés decoradas e são 33..... sim 33. A maior parte estão decoradas com Cruzes Latinas e apresentam datas do século XIX. Acima podemos observar três exemplos de chaminés decoradas apenas com Cruzes Latinas. Era importante que estas chaminés de ganhassem alguma forma de protecção, que fossem valorizadas, amanhadas como se diz no Alentejo. Podiam também ter divulgação turística, assim a Identidade Cultural salvaguardada dava um empurrão à Economia local, vamos ver.


Figura 39


Figura 39 - A Chaminé mais antiga de San Jorge de Alor data de 1765 e está decorada com uma Cruz Latina ladeada por Suásticas Lauburu.


Figura 40
Figura 40 - Continuando em San Jorge de Alor encontramos mais uma Cruz Latina desta vez ladeada de Rosetas Hexapétalas.



Figura 41


Figura 41 - Ainda em San Jorge de Alor temos uma Cruz Latina ladeada por Rosetas Hexapétalas com a data de 1832.



Figura 42
Figura 42 - Observamos três chaminés das quais não conseguimos fazer a leitura mas que se nota perfeitamente que também estavam decoradas. 




4.4 - Concelho de Reguengos de Monsaraz: Vila de Monsaraz, Aldeias da Barrada, de S Pedro do Corval, dos Motrinos e do Outeiro


Figura 43

Figura 43 - No Concelho de Reguengos de Monsaraz e Vila de Monsaraz encontramos três chaminés decoradas com Cruzes Latinas e a data de 1743. Estas fazem parte do mesmo edifício e foram pintadas recentemente. Não sabemos como seriam antes, na forma e cor, mas parabéns por terem mantido a decoração e os símbolos.



Figura 44


Figura 44 - Agora na Aldeia do Outeiro no Concelho de Reguengos de Monsaraz encontramos uma chaminé com uma Roseta Hexapétala do lado esquerdo. 




Figura 45
Figura 45 - No mesmo Concelho na Aldeia vizinha da Barrada encontramos de novo uma Roseta Hexapétala com moldura na lateral da Chaminé. Este é o lado que se vê da rua daí a razão da posição do símbolo.



Figura 46

Figura 46 - Ainda na Barrada temos uma cruz Latina ladeada por duas Rosetas Hexapétalas com moldura. 


Figura 47

Figura 47 - Nesta chaminé da Aldeia da Barrada já só vemos um esboço dos símbolos de protecção.


Figura 48


Figura 48 - Na Aldeia de S Pedro do Corval, famosa pelos seus barros, encontramos três chaminés decoradas com Cruzes latinas com a curiosidade da sequência cronológica...cada uma do seu século. Da base da primeira falaremos mais à frente na Figura 79. A segunda apresenta mais uma cruz na base e está rodeada por dois símbolos que podem ser rodas solares.



Figura 49



Figura 49 - Um pormenor interessante desta Aldeia que são a datas dos finais do século XVII em cima das portas. As datas mais antigas que encontramos nas chaminés também são desta altura. Provavelmente foi a data do último povoamento da região. 




Figura 50

Figura 50 - Ainda por S. Pedro do Corval temos uma Cruz Latina ladeada por duas Suásticas Lauburu.




Figura 51


Figura 51 - Uma das chaminés mais ricas em decoração fica precisamente na Aldeia de S. Pedro do Corval. Na parte da frente encontramos a Cruz latina ladeada por Rosetas Hexapétalas com moldura e nos lados Suásticas Lauburu. A Suástica do lado esquerdo ainda apresenta a esquadria que ajudou ao desenho do símbolo, muito interessante.




Figura 52



Figura 52 - Para Sul encontramos Aldeia de Motrinos ainda no Concelho de Reguengos de Monsaraz. Nesta Aldeia temos a maior concentração de chaminés, são 7 as chaminés decoradas. Por aqui também encontramos as chaminés em melhor estado de conservação. Parabéns aos responsáveis. Apresentamos três chaminés apenas com com Cruzes Latinas, apenas numa se consegue ler uma data de 1854. O azul é a cor principal destas Cruzes semelhante ao azul das barras.




Figura 53


Figura 53 - Na Aldeia de Motrinos  uma chaminé que apresenta uma Cruz Latina e a data de 1698. Esta é a chaminé com a data mais antiga que encontrámos no nosso estudo. Uma pena que esteja em tão mau estado. 320 anos de História, quantas histórias terá visto, quantas gerações,.......




Figura 54


Figura 54 - Ainda por Motrinos encontramos uma Cruz Latina ladeada por Rosetas Hexapétalas com moldura, com a data de 1758, na lateral esquerda ainda encontramos uma Suástica Lauburu. Esta chaminé está muito bem conservada o que nos deixa muito felizes. 




Figura 55

Figura 55 - Continuando na Aldeia de Motrinos encontramos esta chaminé com Rosetas Hexapétalas nas laterais. A frente podia estar decorada mas já não conseguimos observar a decoração.



Figura 56
Figura 56 - Ainda em Motrinos existe esta chaminé com uma interessante moldura que se repete noutras chaminés. A decoração é feita de quatro Rosetas Hexapétalas em toda a volta. Está muito bem conservada, sendo pintada regularmente, com os proprietários a alterarem a cor da decoração de ano para ano. 




4.5 - Concelho de Alandroal: Vila de Terena. Aldeia das Hortinhas, Aldeia de Casas Novas de Mares e lugar da Malhada Alta

Figura 57

Figura 57 - No Concelho de Alandroal, na Aldeia das Casas Novas de Mares, encontramos esta chaminé decorada com uma Roseta Hexapétala na lateral. A Roseta Hexapétala é o único símbolo que aparece sozinho sem a Cruz Latina.





Figura 58

Figura 58 - Ainda no Alandroal agora no lugar da Malhada alta encontramos esta chaminé com uma Cruz latina e a data de 1899. Esta parece ter sido restaurada recentemente e não sabemos como seria antes.


Figura 59

Figura 59 - Continuando no Alandroal mas agora na Vila de Terena encontramos uma chaminé com uma Cruz Latina infelizmente em mau estado o que não permite mais leituras. Esta chaminé localiza-se muito perto da Igreja da Misericórdia. 


Figura 60


Figura 60 - Perto da Vila de Terena fica a Aldeia das Hortinhas. Esta Aldeia conserva muita da sua Identidade Cultural e é muito rica em simbologia. Além das chaminés decoradas encontramos muitos fornos protegidos por Octagramas e Pentagramas. A chaminé que vemos acima é bastante decorada com uma Cruz Latina ladeada por Rosetas Hexapétalas com moldura, a data de 1811, , nas laterais temos outra Roseta e uma Suástica Lauburu. Infelizmente está em mau estado.



Figura 61

Figura 61 - Outra chaminé da Aldeia das Hortinhas foi recentemente restaurada respeitando a decoração. Apresenta uma Cruz Latina ladeada por Rosetas Hexapétalas.


Figura 62

Figura 62 - Ainda nas Hortinhas uma Cruz Latina rodeada por Suásticas Lauburu onde já não é possível identificar a data.


Figura 63


Figura 63 - Estas chaminés localizam-se no Concelho de Alandroal nas Aldeias das Pias e da Venda. São exemplos do mau estado em que se encontram as chaminés decoradas no Alentejo. Vemos apenas sombras da decoração o que não permite a sua leitura. Urge inverter esta situação para que não se perca um Património que é parte tão importante da nossa Identidade cultural.





4.6 - Concelho de Redondo: Vila de Redondo e Aldeias de Montoito



Figura 64

Figura 64 - A Vila do Redondo é das poucas onde encontramos chaminés decoradas dentro do espaço da Vila. Acima podemos ver três espectaculares Cruzes Latinas datadas e em relevo. A base da primeira simula rochas que falaremos mais abaixo na Figura 79.



Figura 65


Figura 65 - No Concelho de Redondo em Aldeias de Montoito encontramos uma Cruz Latina com a data de 1868. Na lateral direita da chaminé observamos um pequeno coração. Este é o único caso em que temos este símbolo e não sabemos o seu significado. Pode estar relacionado com uma Ordem religiosa. Toda a ajuda é bem vinda.



Figura 66

Figura 66 - Ainda em Aldeias de Montoito temos uma chaminé em muito mau estado. Esta  pode ter tido uma Cruz Latina na parte da frente como se vê na montagem acima. Apesar do seu estado ainda observamos duas Rosetas Hexapétalas na frente e lateral esquerda. A salvaguarda destas chaminés, da sua decoração  é uma luta contra o tempo.


4.7 - Concelho de Estremoz: Cidade de Estremoz e Arrabaldes

Figura 67

Figura 67 - Na Cidade de Estremoz encontramos esta chaminé onde só ficou a data de 1830 o resto foi caiado. Ainda conseguimos observar o relevo da moldura e de uma Cruz Latina com rochas na base. Que mais terá sido caiado por esse Alentejo fora.




Figura 68

Figura 68 - Saindo de Estremoz na direcção da Serra d'Ossa, perto do Monte do Governador, encontramos um Monte em ruínas. A chaminé também está em mau estado mas podemos ver a névoa de uma Roseta Hexapétala que já foi azul.



4.8 - Concelho de Elvas: Vila Fernando


Figura 69

Figura 69 - No Concelho de Elvas em Vila Fernando temos uma chaminé com uma Cruz Latina e a data de 1803.


4.9 - Outras Chaminés


Figura 70

Figura 70 - Apresentamos três excepções à regra, três chaminés decoradas mas com outros formatos. A primeira fica na nossa Aldeia da Venda -Alandroal (1) e está decorada com uma Roseta Hexapétala. A segunda fica na Aldeia das Hortinha - Alandroal (2) e está decorada com uma espectacular moldura de Rosetas Hexapétalas a toda a volta. A terceira fica em S Jorge de Alor - Olivenza (3) e está decorada com uma Cruz Latina.


4.10 - Adenda

Figura 71

Figura 71 - Nesta adenda incluímos Chaminés que localizámos recentemente e serão parte deste estudo num futuro próximo. Encontram-se nos Concelhos de Alandroal (1 e 3), Redondo (2 e 5) e Reguengos de Monsaraz (4) estão decoradas com Cruzes Latinas.


Figura 72


Figura 72 - Mais descobertas recentes agora com Rosetas Hexapétalas em Estremoz (1), Alandroal (2) e Reguengos de Monsaraz (3), aqui ladeando uma Cruz latina.


Figura 73

Figura 73 - Em Valongo (Évora) encontramos estas duas espectaculares chaminés. Apresentam uma decoração original e única. A Cruz Latina ladeada por Crescentes e provavelmente Rodas Solares. Infelizmente a parte superior das chaminés encontra-se destruída. A leitura das Rodas Solares é apenas uma hipótese. Não fazemos a descrição de Crescentes e Rodas Solares neste post. Ficará para uma próxima oportunidade. 


Figura 74


Figura 74 - Nos Cerros perto da Aldeia das Perolivas (Reguengos de Monsaraz) temos este exemplar que apesar de não ser uma chaminé de escuta é muito interessante. Pelas cores usadas e pela decoração. Um espectacular crescente e um burro (ou será um barco). Perto temos a Ribeira do Degebe, uma Atalaia, tínhamos Moinhos, temos um monte com uma espectacular abóbada que também é topónimo na zona......segredos.


Figura 75
Figura 75- Chaminé em Montoito (Redondo) com uma Cruz Patada e a data de 1763. Mais um caso único.



4.11 - Contributos de amigos



Figura 76

 
   Figura 76 - Acima encontramos chaminés decoradas com símbolos de protecção em fotos retiradas na Internet e que ainda não tivemos o prazer de visitar.
   No Google Maps encontramos na Aldeia de Seda (Alter do Chão) uma chaminé decorada com Rosetas Hexapétalas com moldura. Na Aldeia de Flôr da Rosa (Crato) encontramos duas chaminés com Cruzes Latinas que foram alvo de restauro e decerto sofreram alterações.
  Trabalhamos muito em rede e vários amigos enviam informação. Rixt enviou-nos uma chaminé com uma Cruz Latina ladeada por duas Rosetas Hexapétalas infelizmente o restauro destruiu parte da decoração. Não sabemos em que zona do Alentejo se localiza esta chaminé.
  Do Blogue Diário de Bordo retirámos uma chaminé decorada com uma Cruz Latina, ladeada por três Rosetas Hexapétalas e com a data de 1749. Esta chaminé encontra-se na Aldeia de Vaiamonte (Monforte).



Figura 77


Figura 77 - No Grupo do Facebook  Em Defesa da Chaminé Alentejana a Maria Ribeiro brindou-nos com algumas chaminés decoradas que ainda não tivemos oportunidade de visitar. Em Avis temos uma Cruz Latina com a data de 1775. Da Aldeia de Alter Pedroso (Alter do Chão) chega-nos uma Cruz Latina com a data de 1862. Na Coudelaria de Alter  temos uma espectacular chaminé com uma Cruz Latina ladeada de Rosetas Hexapétalas nos vários panos.  Na Aldeia de Santa Susana (Alcácer do Sal) encontramos uma  Roseta Hexapétala. 



5 - Outras Decorações


Figura 78

Figura 78 - Apresentamos uma miscelânea de decorações que parecem não estar relacionadas mas nascem das mesmas construções e símbolos:
- Em 1, 2 e 3 temos os Quatro Crescentes. Os Crescentes também são um símbolo de protecção que encontramos por vezes associado à Roseta Hexapétala em estelas funerárias romanas e medievais.
- Um símbolo que parecia ser apenas uma Cruz Patada revelou-se algo mais. Passamos a chamá-lo de Roseta de Quatro Pétalas.
- Encontramos a nossa Roseta de Quatro Pétalas numa Estela (7) do Museu Arqueológico de Odrinhas (Sintra).
- Em 8 apresentamos o método de construção deste símbolo retirado da parede de uma Igreja espanhola (9).
- Encontramos a nossa Roseta de Quatro Pétalas em 1, 2, 5 e 6
- Moldura em quadrado em 1, 2 e 5
- Moldura em Circulo em 4 e 5
- Estrela de Quatro Pontas em 5 e 6. A Estrela de Quatro Pontas apresenta uma construção diferente que aparece em 5
- Encontramos datas em 1, 4, 5 e 6, respectivamente 18(?)71, 1888, 1891, 1910, datas muito próximas.
  Ainda há muito para descobrir na simbologia das chaminés alentejanas.
  



Figura 79


Fiura 79 - São várias as chaminés decoradas que apresentam a Cruz Latina no topo do que parece ser um monte de pedras. Esta será provavelmente uma representação do monte do calvário onde Jesus terá sido crucificado. Na imagem do canto direito superior encontramos a mesma simbologia numa moeda indiana com 2550 anos. Muito interessante. Chaminés nas Aldeias de Hortinhas (Alandroal) e S. Pedro do Corval (Reguengos de Monsaraz)



Figura 80

Figura 80 - Decorações muito interessantes em chaminés na Aldeia das Hortinhas (Alandroal) que nos fazem lembrar as placas de xisto da Pré-História. A decoração na Arquitectura alentejana apresenta muitos triângulos e losângulos. Um tema muito interessante que dá que pensar.


Figura 81


Figura 81 - Não podemos deixar de referir que as decorações mais frequentes das chaminés alentejanas  apresentam a data e as iniciais do proprietário. Chaminés em Monsaraz, Barrada (Reguengos de Monsaraz), Terena (Alandroal) e Montoito (Redondo).



Figura 82

Figura 82 - Esta decoração em forma de leque parece ter servido como moldura para uma eventual data. Chaminés do Concelho de Alandroal nas Aldeias do Seixo, Venda, Rosário e Vila de Terena, felizmente restaurada. Com uma forma ligeiramente diferente mas ainda com a data na última foto da Vila de Redondo.


Figura 83

Figura 83 - Em Vila Fernando (Elvas) são várias as chaminés decoradas com relevos e pequenas molduras para as datas. Infelizmente já só temos as molduras pois as datas parecem ter sido caiadas. As molduras das duas chaminés de cima são provavelmente a evolução do Nó de Salomão. Nas duas chaminés de baixo encontramos a provável evolução dos Quatro Crescentes.



Figura 84



Figura 84 - Três chaminés decoradas e originais no Concelho de Alandroal.


Figura 85


Figura 85 - Algumas chaminés alentejanas apresentam decorações que têm a ver com as profissões de quem lá vive na casa. A chaminé acima fica em NS da Ajuda (Elvas) mesmo em frente do Rio Guadiana. Aqui existiu uma Venda, Moinhos e também se fazia a travessia do Rio de Barca.




Figura 86

Figura 86 - Encontramos muitas chaminés decoradas com recipientes e animais de cerâmica. Chaminés na Vila de Redondo (terra de barro).



Figura 87

Figura 87 - Algumas chaminés são verdadeiras obras de Arte com relevos bastante elaborados. Chaminés em Vila Viçosa e Vila Fernando (Elvas).



Figura 88

Figura 88 - No Arquivo OAPIX encontramos fotos antigas que apresentam chaminés decoradas com símbolos de protecção. Infelizmente as que surgem em Monsaraz e Juromenha (primeira e última foto) já desapareceram. Quantos  símbolos estão escondidos debaixo da cal?



Figura 89
Figura 89 - A jeito de despedida deixamos chaminés em Porches (Algarve) decoradas com Suásticas, Rosetas Hexapétalas e Rodas Solares (retiradas do Guia de Portugal). 



Obrigado

15 comentários:

  1. Belíssimo estudo! Parabéns! Interessa-me especialmente porque me tenho debruçado sobre as marcas de fabrico das talhas, que apresentam alguns destes símbolos, como a cruz, o pentagrama ou o sino-saimão.

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    1. Obrigado, por aqui encontramos muitos octagramas em talhas, abraço

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  2. Muito interessante. É preciso dar a conhecer o nosso património e só com estudos exaustivos é que se pode sistematizar um ex-líbris da nossa querida região alentejana como é a chaminé e pôr em valor a sua importância. Esta entrada, com a devida bibliografia e uma estrutura científica, devia ser publicada como artigo numa revista de História, Etnografia ou Antropologia conceituada. Falo mesmo a sério.

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    1. Obrigado, neste formato chega mais longe, continuação de bom trabalho, abraço

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  3. Muito interessante!
    E parabéns pelo trabalho exaustivo!

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  4. Magnífico trabajo, Luis. Además debería publicarse en alguna revista cultural alentejana, como puede ser CALLIPOLE, de Vila Viçosa (de la que formo parte de su Consejo de Redacción).

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    1. Muito obrigado, talvez no futuro por agora fico pelo mundo virtual, abraço

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  5. Parabéns pelo vosso tão meritório trabalho. Força!
    Luís Raposo

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  6. Embora tenha olhado para milhentas chaminés e encontrado elementos curiosos, nunca esperei ver este gigantesco trabalho de recolha e pesquisa no terreno!! Fabuloso e muito inspirador. E lá acaba por fazer a "ponte" com as gravações e grafitos, nas argamassas dos castelos, embora estas mais antigas. Muito obrigado .


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  7. Fascinante. Fez-me repensar a recuperação de 5 chaminés. Quem sabe não nos faz uma visita! Estamos em Santa Catarina de Sítimos.
    Parabéns pelo blog!

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